Véspera de Carnaval

 

 

                Ontem logo cedo começou a chover, na véspera de carnaval isso para mim que ia trabalhar foi ruim, pois tinha que caminhar 20 minutos até chegar ao local para dar  expediente. Chegando lá pensava que estaria vazio e todos os clientes teriam viajado. Ledo engano meu, mesmo de baixo de muita chuva todos os habituais clientes estavam lá.

                Para variar vários funcionários faltaram e outros anteciparam o carnaval e sobrou para mim ficar sentado em frente a um computador confirmando consultas e ensinando a nova funcionaria as suas funções e pasmem ela estava lá há duas semanas e os colegas que trabalham com ela não tiveram coragem de lhe dar uma aula.

                Como eu já passei por todos os setores daquele emprego, sempre sobra para mim quando alguém falta. Sou o funcionário ideal, nem sei se isso é ruim ou não, pois sempre chegam novos funcionários e ganhando mais do que eu e fazendo quase nada. Tem até um que fica só passeando pelo posto e o chefe nem diz nada. Injustiças da vida.

                A tarde no fim do expediente fui ao Shopping onde tem um banco que sou cliente. Fui lá pegar um cartão novo, pois o meu estava todo quebrado. Esse cartão já havia solicitado há mais de um mês e só agora fui buscar. Quando fui passar pela porta giratória e travou eu me virei e vi um segurança e disse a ele que estava com um netbook, ele pediu para eu abrir a bolsa.

                Admito ser essa uma condição constrangedora, mas  se é para segurança de todos os clientes do banco, resolvi colaborar, mesmo assim a porta não queria deixar eu passar e ai as pessoas ficam nos olhando como se fossemos alguém perigoso. A população para julgar um ser humano é bem rápido e precipitada.

                Depois do banco fui ao centro andando, caia ainda uma chuva leve, mas o céu estava completamente nublado. Merendei minha já quase tradicional tapioca no Duda’s com um café com leite. Eram umas 15 horas e tinha muito tempo ainda para minha faculdade. Entrei no Centro Cultural BNB e fiquei lá conversando com meus amigos na biblioteca.

                Lá de vestido verde estava a apresentadora de um programa da TV O Povo que não há vi mais no ar, mas que é muito bonita, não sei o que ela fazia ali. Se uma pesquisa para um Mestrado ou se um trabalho jornalístico. Fiquei a observando, eu e meus amigos.

                Depois fui a Fanor estudar, peguei aquele mesmo percurso complicado de sempre, mas quando cheguei na faculdade vi que tinha poucos alunos dispostos para assistir aulas, muita gente já tinha viajado, isso pude comprovar pelo Face onde minhas colegas de sala de aula já postavam que estavam arrumando as malas, outras que j;a estavam longe.

                A professora da minha sala, mesmo tendo poucos alunos fez questão de dar uma aula bem substancial e por isso numa véspera de carnaval, cansativa e ela nos liberou um pouco mais cedo, porque não deu intervalo e seguiu direto.

                Cheguei ao terminal por volta de 21: 15 e fiquei esperando o Avenida Dom Luiz que só foi passar 21:40, cheguei 22 horas na casa da Maria Lúcia minha Irma que estava num hotel com o namorado dela e meu irmão Neto eu mora com ela estava em Olinda com sua namorada. Tinha ficado só minha mãe que estava passando uns dias aqui e mora em Iguatu.

                 Vim mais para fazer companhia  a minha mãe, por isso deixei a minha casa no Montese esses dia e vim aqui, também querendo relaxar a mente.

                Jantei uma ótima comida feita pela minha mãe e fiquei aqui online e depois fui dormir. Acordei por volta de nove horas e trinta minutos. Merendei aquela tapioca com queijo que minha mãe faz e eu gosto. Fiquei ali vendo TV.        Meu pai ligou e disse que ia trazer o Mateus seu filho e meu irmão para almoçar por aqui, pois lá estava faltando água.

                Minha mãe me passou insatisfação pois o filho não é dela  e o meu pai quer trazer para empurrar, sendo que ela que tem de dar banho nele, fazer comida para ele. Meu irmão tem sete anos e nem é danado, mas eu entendo essa revolta da minha mãe, ter de cuidar de filho dos outros, de um outro casamento do meu pai.

                Assis chegou 13:30, eu e  mamãe íamos almoçar naquele momento e comemos todos juntos. Chovia muito e eu esperei passar um pouco a chuva para ir lá no Montese buscar umas roupas para lavar, já que tinha muitas sujas e meu tanquinho não é muito bom com roupas grossas.

                 Passei lá em casa e enchi uma mala e um grande saco com roupas. Retornei e fui merendar, depois a Maria Lucia chegou com o Roberto. Eles saíram e levaram o Mateus. Voltaram quase dezoito horas.  Quando eles chegaram, fomos caminhar eu , Mateus e minha mãe. Fomos do Mercado dos Pinhões até o Jardim Japonês . Com minha ,mãe resmungando e o Mateus dando trabalho como toda criança dar.

                Pude observar o movimento do carnaval no aterro, onde vi muito policiamento, um bom palco com um público até médio. Juro que pensava que Fortaleza não ia ficar ninguém. Na ida e na volta sempre víamos muitas pessoas.

                Ainda fomos para um restaurante com a Maria Lucia e seu namorado. Vi num portal dizendo que a FUCEME previa chuva no carnaval, pois isso para mim era tão obvio se passou o dia chovendo, nem precisávamos de um órgão do tempo para saber disso, alias depois de chover é fácil prever que vai chover.

Aqui falando

Sexta feira teve um inicio  meio ruim para mim, acordei para trabalhar, mas meu corpo não respondia, depois de uma semana dividida entre um trabalho estressante, onde atendo ao publico sempre crescente e exigente do SUS e a faculdade que fica localizada na Praia do Futuro, um bairro bem distante da minha casa, principalmente se for contada a viagem que tenho que fazer dentro de um ônibus na maioria das vezes apertado e por um percurso totalmente engarrafado.

                A resposta dada pelo meu corpo é o simples acumulo de desgaste permanente que venho sofrendo nessa correria desenfreada que a vida nos leva quando queremos conquistar um espaço melhor no mercado de trabalho. E a vida nos cobra ações rápidas, não podemos pensar muito, devemos sempre correr e tomar decisões baseadas em oportunidades que surgem constantemente e nem sempre estamos preparados com todo o nosso arsenal intelectual para venceremos.

                Mesmo doente, ainda consegui ir deixar uma documentação que faltava para completar o que tinha entregue ontem para uma seleção do Habitafor da Prefeitura Municipal de Fortaleza. Agora é aguardar essa chance de desenvolver na pratica aquilo que aprendo na Fanor com ótimos professores e com uma interação bastante interessante com os colegas de sala de aula.

                “Devemos ser otimistas”, foi o que disse Israel Colares colega de curso e que me fez refletir em suas palavras. Pensei como se assim , se as pessoas só vivem se matando por uma vaga no mercado de trabalho e se puderem fazem algo que não é correto apenas com o objetivo de ganhar a sua vaga?

                Tive que ir a Fanor e tive uma aula boa com a professora Alyne Ricarte que vai dar para nós uma cadeira de Realidade Social, Político o e Econômica. Ela nos mostrou a ementa do curso e falou sobre como será as avaliações, gostei pois adoro saber sobre como foi o começo da nossa sociedade brasileira.

                Agora aqui ouvindo no blog do Eilomar : Ayla Maria e Raimundo Arraes . E a TV está ligada no polemico programa na TV Diário Ação e Reação apresentado por Enio Carlos que coloca temas polêmicos para serem debatidos por personalidades exóticas. Vou ficar aqui no face e vendo noticias e depois dormir, boa noite.